Cura

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Mentecapto

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Sou sincero venho a zeros então não esperes que te eleve a pronto
Eu só espero que aguentes enquanto isto ainda é pouco
Sem conforto só confrontos por desporto sem suporte
No transporte de inseguranças no nosso ponto forte
E até lá sem aliança nem segurança 
Mas com esperança que esta criança 
Quando tiver idade só veja a nossa bonança 
E não conheça a nossa tempestade
Nem o temperamento que resulta em tempos de maus resultados
Onde tu tens toda a culpa e eu sou o teu inteiro culpado
A Partir daí vamos à sorte lançar os dados
Já que a decidir só temos falhado

Tanto drama que esta trama apresenta
À tua conta gasto a tinta da caneta
Faz de conta que não te encho a cabeça 
Porque até à cabeçada vamos povoar o planeta
Cheios de filhos, mais uns quilos,
Bem tranquilos, sem brilhos nem estilos
Berrantes em trilhos constantes,
Sem estrilhos chocantes, tudo estável (Ou não?)
A nossa única variável é a constante variação 
A instável loucura que a gente gosta afronta
A cura que a tendência mostra na montra
Tão dura a demência imposta que agora
Juras de amor são só propostas num post

Isso eu não curto, eu não gosto
A nossa vida é só nossa
E se eu não curto, eu não posto
Porque a nossa vida é só nossa

Sem posts, nem views ou likes no feed
Vontade de ser autêntico e não só parecido
Contado não acreditam o que temos vivido
Mas insisto! Não partilho o que isto tem sido.
Isso fica contido num bonito infinito
A vida que criei contigo
E o que sei é o que tenho aprendido sem filtros
Por isso redes? F*ck that shit!

Sou sincero venho a zeros então invoco
O direito de ser fraco e parecer forte
Porque o que importa convencer a corte com sorte sem vida
E sem ser eleito pela cor da camisa
Sinto me num feira de vaidades a morrer de saudade
Porque a melhor roupa que tenho já é roupa do passado
Como é que eu meio saloio no meio desta gente toda
Vou vender saúde com um cigarro na boca
Nada saudável a viagem deste objectivo
Sem ser palpável o que faço é subjectivo
Estou meio perdido não acerto e meio desfeito
Estou confundido sem concerto e sem conceito
Ou não tenho jeito para isto e visto uma roupa triste
Sem visto para festas Siri liga o gps quero atingir umas metas

F*ck assim eu nem regresso à ideia que trouxe
No início do meu verso o verso acabou-se 
E fica tudo complexo pratico versos sem nexo
Bloqueio em stress, só me expresso em excesso 
E ninguém percebe o alvoroço 
O que queres? Já estás a par
O meu defeito é falhar e não parar
Porque eu nunca paro
Só sei arriscar no cavalo errado
Nem sequer comparo para não ver culpados
Então é a pé que bazo
Perdi a fé na base
Sinto todos sentados 
À espera que o autocarro passe
Cometi um erro crasso 
Outra vez e faço 
No próximo compasso
O que eu sempre quis fazer

Paga a fatura agora tu e chora o mínimo
Enquanto eu vejo se está cura cura e eu ânimo 
Ou diabo julga que é legítimo consumir me
Sem pagar a conta? Isso é uma afronta!
Então fica pronta e gata aponta
A musa duma obra prima 
Ou viúva com rimas dum homem louco que só desaponta

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